sábado, 31 de julho de 2010

Quanto Custa Meu Design?

Autor
Andre luis ferreira Beltrão
Sócio-diretor e coordenador de projetos do Studio Creamcrackers, professor da UniverCidade/Rio e autor dos livros "Manual do Freela: quanto custa meu design?" pela editora 2AB e "Contos Noturnos" pela editora Escrita Fina

A profissão Designer passou por enormes mudanças desde a informatização dos escritórios de Design, a ponto de podermos dizer que é hoje totalmente diferente do que era há 15 anos. Hoje quem quer ter um escritório precisa saber administrar e planejar, precisa conhecer marketing e finanças. Enquanto vemos administradores sendo contratados pelos escritórios maiores, vemos crescer a busca por especialização dos designers em mestrados de administração e MBAs de marketing e gestão.

No início dos anos 90 circulavam diferentes tabelas de preços para serviços de design, algumas inclusive referenciadas em dólares, havia muito menos escritórios que hoje, que em geral tinham estruturas mais complexas e mais tempo para desenvolver seus projetos. Os designers queriam mostrar sua cara, queriam que todos soubessem o que é design para criar uma conscientização da importância da profissão e expandir mercados.

Com os PCs surgiram curiosos que usavam softwares gráficos e vendiam projetos a preço de banana, uma ameaça aos designers free-lancers que eram similares para aquele cliente que nunca tinha usado serviços de design. E os preços iam caindo à medida que mudavam os processos, o computador permitia realizar coisas mais rápido, era possível fazer mais projetos no mesmo tempo, era possível cobrar menos.

Enquanto isto, softwares gráficos chegaram ao computador do cliente e este passou a conhecer um pouco o processo produtivo e a ter uma percepção diferente do tempo, afinal por que o designer precisaria de uma semana para aquilo, se era tão rapidinho fazer? “ É só um folhetinho rápido, preciso para ontem”…

Neste processo deu-se uma mudança não somente na forma de projetar, na estrutura física dos escritórios e no relacionamento com os clientes e fornecedores, mas também no valor percebido do Design.

O conceito de valor percebido vem do marketing, basicamente significa saber quanto os consumidores de um determinado produto estariam dispostos a pagar por ele antes mesmo de saberem seu preço real. Se o valor percebido é superior ao preço do produto, o consumidor tem a sensação de ter feito um bom negócio, por outro lado, se é inferior ao preço, há a percepção de que o produto é caro.

O valor percebido é subjetivo, está relacionado não somente à percepção da qualidade do Design, mas também a diversos fatores como a demanda, a urgência, a aplicabilidade, o gosto pessoal, a comparação entre concorrentes, o humor do cliente, etc.

Tornou-se difícil saber qual é o valor percebido do design, o design popularizou-se e há diferentes percepções. As tabelas de honorários perderam sua utilidade, pois há clientes de diversos portes e projetos em diferentes níveis de complexidade.

Como calcular o preço de um projeto tornou-se um problema recorrente. Já que a tabela não é mais aplicável, cresceu o peso das questões relacionadas ao planejamento financeiro e à administração. Não basta ter o feeling quanto ao preço de criação para determinada peça, primeiro é necessário saber calcular quanto custa fazer o design, isto é, é preciso considerar o rateio de custos fixos e específicos, impostos, tempo ocioso, depreciação de equipamentos, verba para investimentos, pagamento de financiamentos e mesmo a forma de pagamento, para então aplicar a margem de lucro desejada, a margem de negociação, encargos financeiros, etc.

Para saber o custo de um projeto, uma boa solução para pequenos escritórios e free-lancers é o cálculo baseado no custo-hora, onde determina-se o custo de uma hora de trabalho (já levando em conta todos os custos fixos), e ao orçar um projeto estimamos o tempo que será gasto, multiplicamos pelo custo hora, somamos os gastos específicos com o projeto (material, fotografias, etc) e aplicamos os impostos. O resultado é o preço mínimo a cobrar, aí podemos incluir um percentual para o lucro desejado, para a margem de negociação ou para parcelamento e percentuais específicos como por exemplo para cobrir o tempo ocioso, reserva de tempo (caso leve mais tempo que o previsto), pela expertise (pois aumenta o valor agregado) e outros que se apliquem.

Uma vez que disciplinas de administração e finanças não são parte da formação tradicional dos designers, às vezes é difícil chegar ao custo hora, conseguir prever o tempo de execução das tarefas e parametrizar tanto, mas é necessário fazê-lo para permanecer no mercado. Para o cliente, qualidade e criatividade são itens básicos quando contrata um escritório de design, o preço na maior parte das vezes é o fator de decisão quando ainda não há um relacionamento estabelecido.

Serviço:

Livro: “Manual do Freela: Quanto custa meu design?”. Gestão financeira para designers.

Autor: André Beltrão

Editora: 2AB Editora - www.2ab.com.br

Valor: R$29,90

Fonte: http://www.designbrasil.org.br/artigo/quanto-custa-meu-design

Inhabitat divulga casa pré-fabricada criada pelo arq mineiro Felipe Campolina



Facilidade de transporte e montagem rápida são algumas das vantagens oferecidas pela ECObitat, casa pré-fabricada criada pelo arq mineiro Felipe Campolina, de 28 anos, que ficou em 2º lugar no concurso “Something Green Challenge”. Com um sistema de telhado e paredes verdes, o projeto ganhou espaço em sites internacionais, como o norte-americano Inhabitat.

Pensada como um sistema de alojamento, a casa é apoiada em pernas telescópicas que possibilitam sua implantação mesmo em terrenos acidentados. O telhado metálico dispõe de painéis solares e de uma mini-turbina eólica capaz de produzir energia suficiente para o consumo da habitação, que tem 32m².

O sistema construtivo modular também é composto por painéis de OSB do tipo sanduíche, e por uma estrutura do tipo steel frame, formada por perfis leves de aço. As fachadas transversais que se dobram para baixo como pontes levadiça criam uma área adicional para uso flexível.

A entrada de luz natural é favorecida por fendas verticais do piso ao teto, e o isolamento térmico, por sua vez, é reforçado pelas caixas modulares com plantas instaladas no envelope da construção. “Dependendo dos tipos de plantas usadas, as paredes do ECObitat pode até mesmo produzir alimentos para seus moradores”, acrescenta Campolina. O arquiteto, que é sócio-fundador do escritório Figura juntamente com o arq Tiago Viegas, também teve seu trabalho divulgado no concurso internacional de ideias “2010 Scyscraper Competition”.

Fonte: http://www.arqbacana.com.br/arq!mais

Projeto que visa uma Nova Iorque sustentável e autosuficiente é apresentado na Bienal de Veneza


A Terreform - uma organização sem fins lucrativos dedicada a formas de pesquisa e práticas para desenvolver arquitetura e urbanismo sustentáveis - passou os últimos anos trabalhando em um plano diretor alternativo para a cidade de Nova Iorque. O projeto “New York City (steady) State”, que resultou deste plano, é apresentado na 12ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que acontece de 29 de agosto a 21 de novembro de 2010.

Liderado pelo arq Michael Sorkin, o “New York City (steady) State” investiga a possibilidade da cidade se tornar autosuficiente em relação à produção de comida, energia, água, suprimento de ar, manufatura, emprego, cultura, saúde e transporte.

A proposta do estudo, que virou livro e homepage, é demonstrar, em primeiro lugar, que uma transformação radical como esta é possível. Além disso, o projeto tem como objetivo criar um catálogo de hábitos e tecnologias que possam ajudar nesta transformação e, finalmente, investigar as consequências morfológicas e sociais para a cidade.

O projeto da Terreform visa um plano sistêmico, integrado e em grande escala, com participação de governos, planejadores, arqs, engs, designers e toda a população. É uma reflexão profunda da sustentabilidade e dos modelos atuais, que sugere uma reconfiguração drástica na maneira como as pessoas economizam e lidam com suas fontes materiais.

Fonte: http://www.arqbacana.com.br/arq!mais


Projeto do arq Jaime Lerner para as marginais de SP propõe parques lineares suspensos e ilhas de prédios residenciais


Um projeto do arq Jaime Lerner, ex-governador do Paraná, ex-prefeito de Curitiba e atualmente consultor de urbanismo da ONU, prevê que as estações e linhas férreas de São Paulo – em que a CPTM promete alcançar 180km com qualidade de metrô até 2012 – sejam cobertas por jardins com ciclovias e passagens para pedestres.

Além dos jardins suspensos, o projeto prevê a criação de pólos de uso misto, no entorno das estações, que abrigariam funções como trabalho, moradia, escolas, shoppings e comércios, lazer e hospitais.

Caos
O projeto seria a solução para o problema de trânsito e crescimento desordenado da cidade que se desenvolve da seguinte forma: superaquecido, o mercado imobiliário não para de erguer empreendimentos. As novas -e antigas- construções estão dentro da lei de zoneamento, porém, resultam em uma distribuição desproporcional. Em alguns locais, como no centro, a concentração de prédios comerciais é alta e a de residências é baixa, em outros, como na Zona Leste, sobram moradias e faltam empresas.

Com isso, na capital paulista, por dia, 38 milhões de viagens são feitas para transportar as pessoas de suas casas para o trabalho, do trabalho para escolas, das escolas para os locais de lazer, entre outros trajetos.

Solução
Ao convidar Lerner para desenvolver o projeto, o Secovi - Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo - tinha como objetivo buscar soluções que incentivassem o uso misto em diferentes regiões da cidade e aliviassem o trânsito de São Paulo. O projeto pretende ser integrado no Plano Diretor da Cidade, cuja reestruturação está prevista para 2012.

Lerner foi o arquiteto escolhido pelo órgão para fazer esse projeto por ser “um dos maiores pensadores urbanistas do Brasil e do mundo”, segundo o vice-presidente do Secovi SP, Cláudio Bernardes.

Para Bernardes, “o projeto é plenamente viável, afinal, depois da construção dessa linha verde, cabe apenas planejar -desde o Plano Diretor- o que falta para cada região, comércio, moradia ou trabalho, e permitir que o mercado imobiliário construa, dentro da lei, como sempre”, diz. “Além de ter todas as suas necessidades atendidas em um só pólo, o projeto pode estimular a prática de esportes – com bicicleta e caminhada – já que será feito sobre um plano”, acrescenta.

Já desenhado para a região da marginal do rio Pinheiros – onde a CPTM já tem trens com qualidade de metrô – o projeto, por enquanto, ainda é embrionário, não tem memorial descritivo nem próximas etapas previstas. “Estamos propondo uma ideia para a cidade, se ela for bem aceita, continuaremos a detalhar”, explica o vice-presidente do Secovi.

Fonte: http://www.arqbacana.com.br/interna.php?id=7903

CURSO DE DECORAÇÃO ONLINE REVISTA CASA CLAUDIA

A revista Casa Claudia convidou grandes profissionais para falar sobre importantes temas da decoração. São 12 aulas - com vídeos, lições e galerias de fotos - que ficarão no ar, no link http://app.casa.abril.com.br/curso-decoracao. Aulas novas todas as quartas. Acompanhe!
Fonte:Revista Casa Claudia

domingo, 11 de julho de 2010

Vanity Fair realiza inquérito mundial de arquitetura

Qual é a peça mais importante da arquitetura construída desde 1980? É o que a revista americana Vanity Fair procurou responder. Eles organizaram um inquérito mundial de arquitetura com 52 especialistas, incluindo 11 ganhadores do Prêmio Pritzker, e a resposta foi clara: o Museu Guggenheim de Frank Gehry, em Bilbao.

A análise de votos apontou também outras estruturas importantes, que ficaram, respectivamente, com a segunda, terceira e quarta colocações: Menil Collection de Renzo Piano, Thermal Baths de Peter Zumthor e o HSBC Building de Norman Foster, todos bastante citados.
A revista pediu a grandes nomes da arquitetura como Frank Gehry, Norman Foster, Zaha Hadid, Jean Nouvel e Rafael Viñoly, para citar apenas alguns, que escolhessem cinco nomes dos mais importantes edifícios, pontes ou monumentos construídos a partir de 1980. De um total de 132 submissões diferentes, as 21 estruturas mais reverenciadas foram listadas na edição mais recente da revista. Entre estas, quatro dos edifícios localizam-se na China.

O estádio Nacional das Olimpíadas de Pequim, feita por Herzog & de Meuron também foi bem posicionado, ficando em décimo terceiro da lista e tendo sido escolhido por sete participantes como a mais importante obra da arquitetura do século 21. Mas, o grande destaque da pesquisa foi, de longe, o Guggenheim. A obra, com suas curvas e sua forma livre escultural tornou-se a assinatura de Gehry. A estrutura de contornos orgânicos tem o objetivo de assemelhar-se a um navio saído do rio que fica em frente, o Nervión, para a terra firme. Além deste projeto, Frank Gehry recebeu, ainda, quatro votos para outros três de sua autoria: o Walt Disney Concert Hall em Los Angeles, o Millenium Park em Chicago e sua própria residência em Santa Monica.

O Guggenheim de Bilbao, colocado como a peça top de arquitetura por 28 dos 52 participantes, é hoje um dos locais mais visitados da Espanha. O projeto de Gehry foi parte de um esforço para revitalizar Bilbao, sendo extremamente bem sucedido e atraindo pessoas de todo o mundo. Sua criação foi um grande trabalho de criatividade e tecnologia que contou, na elaboração do projeto, com o uso de um software CAD nos cálculos estruturais. Apesar de no início ter sido bastante questionado pela sua forma complexa e retorcida, com o tempo o edifício conquistou um status de reconhecimento mundial.

Paul Goldberger, ganhador do prêmio do Pulitzer e crítico de arquitetura, disse sobre o museu: “Bilbao é verdadeiramente um momento especial na cultura arquitetônica. O prédio desbravou caminhos novos e se tornou um fenômeno extraordinário. Foi um daqueles raros momentos em que críticos, acadêmicos e o público em geral ficaram completamente unidos sobre alguma coisa”.

Fonte: http://www.portaldoarquiteto.com

segunda-feira, 5 de julho de 2010

FORMANDOS ARQUITETURA

Acontece esta semana a cerimônia de formatura da nova turma de arquitetos e urbanistas das Faculdades Santos Agostinho de Montes Claros - MG. Desejo boa sorte e sucesso a todos, em especial aos novos arquitetos e urbanistas Mirza Fernandes Viana, Felipe Veloso Lauton, Débora Cangussu Antunes Barral, Carla F. Antunes de Souza e Livia Medeiros Amaral.



Estes foram aqueles com quem tive mais contato e vi o desenvolvimento e crescimento. Com alguns presenciei também as horas de desespero e que tudo parecia que não ia dar certo ou não daria tempo, mas hoje vemos que todo sufoco, dedicação e empenho valeu a pena e que vocês venceram essa etapa. Agora é se preparar pelo que vem a seguir, e desejo que seja um futuro de muito sucesso e realizações.

Programação dos Eventos:

Missa em Ação de Graças: 06 de Julho de 2010 as 20:30hs - Paróquia de São Noberto - Rua Girassol, 438 - Sagrada Família - Montes Claros - MG

Culto: 07 de Julho de 2010 as 20:00hs - Igreja Batista Redenção - Rua Julieta Getúlio Costa, 11 - Dr. Antônio Pimenta - Montes Claros - MG

Colação de Grau Unificada: 08 de Julho de 2010 as 19:00hs - Estacionamento Campus II Faculdades Santo Agostinho - Av: Osmane Barbosa, 937 - JK - Montes Claros - MG


sexta-feira, 2 de julho de 2010

SER ARQUITETO

CONTA A LENDA QUE, QUANDO DEUS LIBEROU PARA OS HOMENS O CONHECIMENTO SOBRE COMO CONSTRUIR E PROJETAR AS COISAS DETERMINOU QUE AQUELE "SABER" IRIA FICAR RESTRITO A UM GRUPO MUITO PEQUENO E SELECIONADO.
MAS, NESTE PEQUENO GRUPO, ONDE TODOS SE ACHAVAM "SEMI-DEUSES", JÁ HAVIA AQUELE QUE IRIA TRAIR AS DETERMINAÇÕES DIVINAS...
AÍ ACONTECEU O PIOR!!!!!!........
DEUS, BRAVO COM A TRAIÇÃO RESOLVEU FAZER VALER ALGUNS MANDAMENTOS
:

1º Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental.
2º Não verás teu filho crescer.
3º Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera.
5º A pressa será teu único amigo e as tuas refeições principais serão os lanches, as pizzas e o china in box.
6º Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás.
9º Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º As pessoas serão divididas em 2 tipos: as que entendem de Arquitetura e as que não entendem. E verás graça nisso.
11º A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
12º Happy Hours serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
13º Terás sonhos, com cálculos ou fornecedores, e não raro, resolveras problemas de trabalho neste período de sono.
14º Exibirás olheiras como troféu de guerra.
15º E, o pior... Inexplicavelmente gostarás de tudo isso!!!

Autor desconhecido (mas era um arquiteto)